domingo, 15 de abril de 2012

Relatório de estágio na Escola de Aplicação da USP

            O presente relatório tem por objetivo a análise de minhas observações como estagiário na Escola de Aplicação da USP (EA) neste segundo semestre de 2011. Se no primeiro semestre a idéia era a de trazer impressões mais gerais sobre a escola, sobre seu espaço físico e a relação dos alunos com este, sobre a relação dos alunos com o professor e entre si, o foco deste segundo relatório está no uso específico de recursos didáticos nas aulas de Sociologia para o Ensino Médio.
            Conforme já apontado no relatório anterior, a Escola de Aplicação da USP está desobrigada a usar o “Caderno do Professor” e o “Caderno do Aluno”, o que proporciona ao professor uma maior liberdade para escolher conteúdos e para trabalhá-los da maneira que achar mais adequada com os seus alunos. Isso se reflete também na grande variedade de recursos didáticos utilizados (ao menos nas aulas de Sociologia, com as quais mantive mais contato) e na variedade de fontes, não se reduzindo a determinado autor, livro ou apostila.

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            Pude perceber, sobretudo quando tive que montar um plano de aulas, que existem algumas variáveis que influenciam diretamente nas estratégias utilizadas pelo professor para elaboração de uma aula. Uma dessas variáveis, sem dúvida, é o número de alunos. Evidentemente que é muito diferente se pensar em uma aula para 5 alunos e se pensar em uma aula para 30 (o caso da Escola de Aplicação), o que se dizer de uma aula para uma classe que em muitos casos supera os 40 alunos (o caso da maioria das escolas públicas brasileiras).
Outra variável a se considerar é o tempo disponível para a aula. Um aspecto interessante da EA é o fato de atualmente disponibilizar duas aulas de 50 minutos para Sociologia, o que possibilita o uso de recursos que demandam mais tempo, como a transmissão de um longa-metragem, por exemplo. Além disso, essas aulas não são “quebradas”, como acontece freqüentemente em algumas escolas, evitando que o professor tenha que interromper um assunto na metade para retomar na segunda aula da semana.
Além disso, ainda é necessário considerar que a maioria dos alunos que acompanhei, possuem disponibilidade de tempo para poder realizar atividades que complementam o que era desenvolvido em sala de aula. Isso permitia ao professor pedir que os alunos lessem obras na íntegra, fizessem trabalhos em grupo, realizassem atividades no contra-turno (visita à Bolsa de Valores, por exemplo), etc.
Ainda é preciso não esquecer que, ao se pensar em recursos didáticos para uma aula, é necessário se pensar na disponibilidade desses recursos existentes na escola. No caso da EA, ainda que nem sempre nas melhores condições, existe uma disponibilidade boa de recursos. Já foi dito no primeiro relatório, por exemplo, que a EA possui um acervo de 70 exemplares dos livros que serão utilizados ao longo do ano, o que é suficiente para que cada um dos 60 alunos (são duas turmas de 30 alunos para cada ano) tenha um livro consigo para poder ler em casa. Quando o professor optou por usar apenas trechos de livros ou de outros materiais, a escola fornecia fotocópias para todos os alunos. Além disso, a escola ainda possui uma sala de áudio-visual, onde o professor pode pegar emprestado cd-players, notebooks com acesso à internet, além de projetores. A escola ainda possui um auditório, utilizado para apresentações maiores.
Ademais, acho ainda necessário destacar que as aulas dependem do quanto o professor espera de seus alunos. No caso do professor de Sociologia que acompanhei, este sempre demonstrou esperar bastante de seus alunos e, por mais que muitos reclamassem (da quantidade de leitura, por exemplo) em geral acabavam dando conta da maioria das atividades.

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            Retomei minhas atividades de estágio, já com o segundo semestre em andamento, na primeira semana de setembro. Logo neste meu “retorno” já pude observar uma aula com uso de um recurso didático, uma vez que os alunos assistiam à parte final do filme “Germinal”, baseado no livro homônimo de Émile Zola.
A aula em questão estava inserida num conjunto de aulas sobre o livro “Manifesto do Partido Comunista”, de Marx e Engels, que desencadearia em um debate sobre mudanças e movimentos sociais com o decorrer do curso. Além disso, a exibição do filme fazia parte das aulas de Língua Francesa, possibilitando com que os professores usassem as aulas das duas disciplinas para a exibição do longo filme (170 minutos). Esse caso é só um dos muitos projetos interdiscplinares realizados pela escola e que aparentemente funcionam muito bem (no primeiro relatório eu já havia citado a viagem que esta mesma turma fez ao Rio de Janeiro, projeto que contou com a abordagem de diversas disciplinas como História, Geografia, Sociologia e Educação Física).
            Além de assistirem ao filme os alunos também receberam um “Roteiro de Compreensão, interpretação e análise do filme”, material feito pelos próprios professores e que buscava relacionar passagens do filme com trechos do “Manifesto” e com o próprio romance de Zola. Considero o uso de tais “roteiros” um meio de tornar a exibição de filmes algo realmente significativo para a aprendizagem, e não apenas um recurso para tornar a aula mais “descontraída”. O uso desses roteiros são bastante freqüentes em outras atividades das aulas de Sociologia, como o utilizado para a leitura de “Recordações do escrivão Isaias Caminha” (conforme referido no primeiro relatório) e o utilizado para a leitura de “O capital em quadrinhos” (conforme falarei a seguir), apenas para citar alguns exemplos.
            Considero, entretanto, necessário fazer algumas considerações sobre o modo como se deu a exibição. O filme foi exibido na própria sala de aula e em uma TV de 20 polegadas, o que impossibilitava, por exemplo, que a legenda pudesse ser lida de todos os lugares da sala (percebi que algumas pessoas que estavam no fundo da sala acabavam desistindo e dormindo no meio da exibição e outras iam sentar bem na frente da TV para poder acompanhar melhor). Além disso, por conta da longa duração, o filme precisou ser passado em mais de um dia. Penso que a pausa pode atrapalhar o acompanhamento do filme para alguns alunos. É óbvio que nem sempre se pode contar com as melhores condições, ainda mais quando estamos tratando de uma escola pública, mas acredito que estas questões devem ser levadas em consideração ao se pensar no uso didático de filmes.
            Parte destes inconvenientes foram minimizados na exibição de um outro longa-metragem, a primeira versão de Wall Street (de 1987), ocasião em que o tema da aula era  “Introdução à Economia”. O filme foi projetado no auditório da escola, o que permitiu que todos os alunos pudessem ver bem o filme.
            Na seqüência do curso, o professor trabalhou com a fotocópia de “’O capital’ em quadrinhos” (que já havia sido entregue aos alunos anteriormente), HQ baseada no volume I da obra “O capital”, de Marx, e ilustrado por K. Ploeckinger e G. Wolfram. Quando perguntei ao professor por que os alunos leram, no início do semestre, o texto original de “O manifesto do Partido Comunista” e estavam lendo uma versão em quadrinhos de “O capital”, ele respondeu o que na verdade eu já esperava, que a grande complexidade desta última obra dificultava muito o uso do texto original, motivo pelo qual os quadrinhos funcionavam melhor. De fato, percebi que a HQ fez mais “sucesso” com alguns alunos que possuem menos apreço pela leitura, cujos os quais foram “flagrados” por mim lendo os quadrinhos até mesmo fora do horário da aula.
            Com relação ao conteúdo da HQ, esta não tem uma qualidade técnica muito grande. São, na verdade, ilustrações bem simples cuja função está mesmo em facilitar a absorção de conceitos nem sempre palatáveis num primeiro contato. Um exemplo disso é que os diálogos entre as personagens não são espontâneos e nem estão inseridos em situações cotidianas, mas possuem conteúdo didático, usando muitas vezes trechos simplificados da própria obra (uma espécie de “teatrinho” didático transposto para o papel). Entretanto, acho que a HQ cumpriu bem o seu papel didático, complementado pelo “roteiro de leitura” que os alunos trabalharam em duplas[1]. A leitura e atividade de “’O capital’ em quadrinhos” serviu de mote para a discussão, que se iniciaria após algumas semanas, sobre “Introdução à Economia”.
            Na aula sobre “Movimentos Sociais”, o professor trabalhou de maneiras distintas com dois livros didáticos. Inicialmente com o “Introdução à Sociologia”, de Pérsio de Oliveira, e num segundo momento com o “Sociologia para o Ensino Médio”, de Nelson Tomazi.
            O professor usou o primeiro livro, de leitura bem mais simplificada, para a introdução do tema. Pediu para que os alunos lessem em casa o capítulo sobre “Mudança social” e respondessem às questões propostas. Na aula, o professor chamou a atenção dos alunos ao fato do autor usar exemplos já bastante ultrapassados, uma vez que a obra data dos anos 80. Conforme os alunos iam lendo suas respostas às questões propostas, o professor ia fazendo comentários e ampliando a discussão.
            No que diz respeito à atividade realizada com base no livro de Tomazi, confesso que o resultado me impressionou bastante, sobretudo ao comparar aquela situação com minha própria experiência de estudante de Ensino Médio. O professor previamente distribuiu para a classe a fotocópia do capítulo de Tomazi sobre “Revolução e transformação social”, pediu para que eles se dividissem 5 grupos de 6 alunos cada. Um grupo ficou responsável por pesquisar sobre o que Tomazi chamou de “revoluções clássicas” (inglesa, americana e francesa) e cada um dos outros grupos ficou responsável por expor sobre uma das chamadas “experiências revolucionárias no século XX” (Revolução Mexicana, Revolução Russa, Revolução Chinesa e Revolução Cubana).
            Se esse tipo de pesquisa em grupo não apresenta nada de muito inovador, a forma que cada grupo apresentou seus resultados para o resto da classe me pareceu bastante interessante. Dispostos em círculo, cada grupo teria um tempo pré-determinado para falar e os outros (o professor fez questão de dizer que ele e os estagiários também poderiam participar) teriam também um tempo para comentar e fazer perguntas ao grupo que apresentava. O combinado era que os grupos respondessem a três perguntas: “Por que se afirma que houve uma revolução neste local?”, “Quais foram as conseqüências desta revolução?” e “A Revolução foi benéfica para a população local? Justifique”. Toda essa dinâmica era controlada por dois alunos que voluntariamente se ofereceram para serem os mediadores do debate, inscrevendo os interessados em comentar e direcionando a palavra ao inscrito da vez. Para finalizar, os grupos ainda teriam que preparar para a aula seguinte, um texto relatando o debate.
            Obviamente que nem mesmo a constrangedora disposição em circulo foi empecilho para que alguns tirassem o sono atrasado (mesmo que isso estivesse visível aos olhos de todos), entretanto, acredito que muitos levaram a atividade bem a sério. Me pareceu que a aparência “democrática” da situação, com até uma certa formalidade caracterizada pelas “inscrições” e pelos limites de tempo para a fala, fizeram com que alguns alunos que não costumam falar muito durante as aulas mais tradicionais, emitissem sua opinião mais livremente, com menos medo de sofrerem com piadinhas (que quando ocorriam eram verbalmente desencorajadas pela “mesa”, uma vez que toda intervenção, até mesmo do professor, tinha que passar pela “inscrição”).
            Considero que, de modo geral, a atividade foi bastante proveitosa para a maioria. Ao sair do já tradicional “seminário” (em que geralmente somente o grupo que apresenta é quem acaba falando), a atividade proporcionou algum debate, algo que pode ir se tornando mais familiar aos alunos com a recorrência deste tipo de experiência. Esta atividade também exemplifica a importância em não cercear o professor com a imposição do que e de que forma ensinar, postura tão claramente evidenciada com a adoção dos “Cadernos do Professor”.
            Dada minha impossibilidade de acompanhar um maior número de aulas, não pude vivenciar como se deu o uso de outros recursos didáticos como a já citada visita à Bolsa de Valores. Entretanto, é necessário salientar que realmente é notável a preocupação com a variedade de alternativas didáticas na Escola de Aplicação, algo que destoa da realidade da maioria das escolas públicas onde o giz e a lousa acabam predominando e onde a criatividade do professor está cada vez mais cerceada.
REGÊNCIA
O tema proposto para a minha regência foi o de “introdução ao debate sobre os movimentos sociais” e contou com a participação dos outros dois estagiários que acompanharam as aulas de Sociologia neste segundo semestre. Fomos, portanto, um trio de professores. Nossas aulas foram programadas em conjunto e resultaram nas aulas 7 e 8, conforme meu “Plano de Aulas”. Ministramos as aulas para os dois terceiros anos da escola, turmas que acompanhamos ao longo de todo o estágio.
É importante ressaltar que as aulas ministradas por “quem é de fora”, pelo estagiário, representa um momento de ruptura com a rotina dos alunos. Isso pôde ser percebido pela clara alteração no comportamento dos alunos que, nas duas turmas, ficaram bem mais quietos, não fazendo as habituais brincadeiras e piadinhas que costumam fazer nas aulas do Prof. Felipe.
É inegável que esta postura nos favoreceu bastante. Nossa grande preocupação era a de não conseguir falar nada e termos que inventar artifícios para nos fazer ouvir. Ainda que nada disso tenha acontecido, a experiência que tivemos como observadores das aulas do Prof. Felipe nos faz concluir de que isso foi mais exceção do que regra.
Com relação à participação dos alunos, percebemos algumas diferenças entre as duas turmas. Em alguns momentos da aula pedíamos que os alunos emitissem suas opiniões (sobre a ligação da letra da música com o trecho da Constituição, por exemplo) ou dessem exemplos (de movimentos sociais, ONGs, etc). Percebemos que os alunos da primeira turma iam mais direto ao ponto onde queríamos chegar. Para a segunda turma, de modo geral, os alunos fugiam bem mais do que “esperávamos que eles fossem responder”, de modo que tivemos que explorar melhor a maneira de perguntar, escolher outras palavras, etc.
Antes de iniciarmos a falar sobre movimentos sociais e sobre ONGs (outro tema da aula) tentamos partir de experiências que os alunos já tiveram (uma vez que durante o curso de Sociologia, os alunos visitaram o MST e uma ONG). A impressão é que esta aproximação tenha tornado o tema mais palpável e envolvido mais os alunos.
No que diz respeito à escolha dos recursos didáticos, optamos por usar uma música que supúnhamos que os alunos conhecessem (Comida, dos Titãs, conforme “Plano de Aulas”). Durante a experiência de estágio, percebemos que este era um recurso didático que os alunos acabavam se envolvendo bastante, além deles já estarem bastante habituados.
De modo geral, considerei que a experiência com o estágio bastante enriquecedora, sobretudo ao me proporcionar a reflexão em torno de um plano de aulas, atividade que me colocou diante da necessidade de fazer inúmeras escolhas, escolhas estas que precisam ser constantemente avaliadas para se melhorar sempre.

ANEXO

            No relatório do primeiro semestre, ainda que este não tenha sido o foco, teci algumas considerações sobre o uso de recursos didáticos nas aulas de Sociologia na EA. Ainda que neste presente relatório eu esteja tratando especificamente das atividades relativas ao segundo semestre, creio que seja relevante trazer aqui o que já havia sido discutido naquela primeira oportunidade:

            “(...) Buscarei expor aqui minhas impressões das atividades realizadas em sala de aula neste primeiro semestre, complementando aquelas que já expus ao falar sobre o que prevê ou recomenda o “regimento” e o “plano escolar” da EA. Evidentemente que o tempo foi curto e que minhas impressões tenham sido prejudicadas por conta disso. Minha intenção é de que estas experiências sejam encaradas mais como “impressões” do que como “conclusões”.
            - Conteúdo da disciplina: A EA não é obrigada a usar o Caderno do Professor e o Caderno do Aluno, assim sendo, o professor é livre para desenvolver o conteúdo que achar mais adequado com seus alunos. No caso das duas turmas de 3º ano nas quais estou estagiando, o Prof. Felipe começou o ano com as formas e sistemas de governo e as instituições políticas, pedindo aos alunos que pesquisassem as características políticas de um país previamente sorteado. Num segundo momento, o qual compreendeu praticamente todas as aulas em que estive presente, Felipe desenvolveu o Liberalismo, com ênfase no Liberalismo brasileiro. Nas últimas aulas deste semestre, Felipe tem abordado (o semestre letivo se encerra em 1o de julho) o socialismo utópico. Achei curioso o fato de Felipe se basear exclusivamente em material que ele mesmo produz (roteiros de leitura, por exemplo) e obras de literatura como a já citada “Recordações do escrivão Isaías Caminha”, de Lima Barreto, para abordar o Liberalismo.  Além disso, foram solicitados aos alunos que lessem alguns capítulos de “Os bestializados”, de José Murilo de Carvalho, para analisar a passagem do Império para a República; “O manifesto do Partido Comunista”, de Marx e Engels, para a aula sobre socialismo, dentre outros. Os alunos, é verdade, reclamam bastante da quantidade e da complexidade dos textos, entretanto, sempre são colocados diante da oportunidade de debaterem sobre algum tema, o fazendo com referência aos autores lidos, alguns inclusive lidos no primeiro ano;
            Para mim é nítido que o professor optou por fazer da Sociologia uma disciplina de conteúdo propriamente sociológico, com um número relativamente grande de leituras (ao menos se considerarmos a média para os alunos nessa faixa etária) de autores clássicos da Sociologia como Durkheim e Marx. Também são utilizados autores de obras literárias, como Lima Barreto e George Orwell (“O romance tem uma função social de humanização”, disse Felipe à turma). Estas escolhas contrastam com o que comumente ouvimos acerca do ensino desta disciplina, como um espaço para discutir questões relativas à atualidade (geralmente dissociados de um embasamento teórico). Avalio que esta escolha é bastante corajosa, sobretudo considerando a relutância que alguns alunos tem à leitura, e que não subestima a capacidade dos alunos de compreenderem questões um pouco mais abstratas. Minha impressão é de que, mesmo demonstrando desaprovação, os alunos conseguem “encarar” esses textos e argumentarem minimamente sobre eles. Ao fazê-lo, muitos o fazem de maneira articulada e usando vocabulário emprestado dos próprios textos. (confesso que quando Felipe me disse que os alunos liam Lima Barreto, Marx e cia, considerei que isso funcionaria de maneira bem menos satisfatória).
Entretanto, minha impressão é de que isso pode não funcionar para todos ou pelo menos não da mesma forma. Há sempre aqueles que usam a aula de Sociologia para tirar o sono atrasado ou para manter o papo em dia. Há aqueles que demonstram que a linguagem escrita não é tão significativa quanto à música ou dança, por exemplo (e aqui a referida multiplicidade sócio-cultural costuma aparecer). Uma tentativa de experimentar um pouco essas outras formas de linguagem foi na aula de aproximação ao socialismo utópico, ou mais precisamente, à idéia de “utopia”. Ainda que de maneira corrida (sim, o tempo é curto; sim, considerável parte do tempo é gasto esperando pelo precioso silêncio) o professor projetou vídeos do “You Tube” que falavam sobre aspirações coletivas ou aspirações individuais. Avril Lavigne, Raul Seixas, Art Popular e John Lenon cantaram suas aspirações e muitos dos que dormiam resolveram ficar acordados para ouvir. Não sei se eles entenderam o que é utopia, mas acredito que este tipo de linguagem tenha sido mais significativo para alguns, que evidentemente também não podem estar privados de ter acesso à linguagem escrita e de serem encorajados a encará-la, como é feito nas outras aulas. Nesse sentido, considerei que a mesclagem de linguagens tenha sido bem satisfatória (...)”
                                                                                          






[1] As questões que os alunos tiveram que responder em duplas foram: 1. Defina dinehiro e apresente suas características; 2. O que é mercadoria?; 3. Explique a mais-valia; 4. O que é “fetichismo da mercadoria”? Tais perguntas não apresentam nenhum grande desafio aos alunos, mas cumprem o papel de elencar os principais conceitos existentes no texto.

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